×
1
Banca: ACAFEDisciplina: PortuguêsAssunto: Interpretação de TextosSubassunto: Vícios da linguagemAno: 2024Orgão: Prefeitura de Lajeado Grande - SCProva: ACAFE - 2024 - Prefeitura de Lajeado Grande - SC - Professor Pedagogia Ensino Fundamental Anos Iniciais - EDITAL N.º 002
Feedback

O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

O preço do vazio

Após almoçarmos em um sofisticado shopping de São Paulo, eu e uma amiga decidimos olhar vitrines. Fiquei assustada com os preços: uma bolsa custava R$ 11 mil! Tudo bem, é de grife italiana, mas… uma bolsa?

Enquanto esperávamos o Uber, vimos duas crianças, gêmeas idênticas, acompanhadas por suas respectivas babás. Fiquei pensando: que vida terão essas meninas? Estarão sempre protegidas numa redoma? Ao crescerem, saberão enfrentar adversidades? Não questiono a presença de babás, mas “duas babás” me fizeram refletir: haverá espaço para a mãe?

No mesmo local, uma mulher com um motorista carregava várias sacolas. Imaginei o valor daquelas compras. Claro, esses preços existem porque há quem pague. Mas minha consciência não permitiria tal extravagância, especialmente em um país onde muitos lutam para pagar as contas básicas.

No dia seguinte, caminhando pelo Parque Ibirapuera, vimos um mundo mais simples e real: famílias, crianças, bicicletas e cachorros. Um café e um pão de queijo bastaram para a tarde. Conversamos sobre os passeios com minhas filhas no Parque Municipal, tempos em que as crianças eram crianças. Um lago com pedalinhos, o pipoqueiro, balões a gás e vestidinhos coloridos da Feira Hippie compunham a “Disneylândia” da infância delas.

Lembramos como a vida era mais simples. Quando “não” era “não”, um machucado se resolvia com carinho e Merthiolate, e perder um dente trazia histórias de fadas e sorvete.

A tarde passou rápido. Era hora de voltar ao presente, chamar o Uber e enfrentar o mundo lá fora.

Fabrício Carpinejar – Texto Adaptado

https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/o-preco-do-vazio -1.2220555

No texto “O preço do vazio”, de Fabrício Carpinejar, o autor utiliza a linguagem de forma cuidadosa para expressar reflexões sobre a simplicidade e o consumismo. Suponha que houvesse vícios de linguagem no trecho a seguir:

“Após almoçarmos em um sofisticado shopping de São Paulo, eu e minha amiga decidimos olhar vitrines, tipo, porque queríamos matar o tempo, sabe?”

Identifique a alternativa que apresenta corretamente um exemplo de vício de linguagem:

  • A

    O uso de “tipo” e “sabe” caracteriza uma cacofonia, gerando sons desagradáveis ao leitor.

  • B

    O uso de “tipo” e “sabe” caracteriza coloquialismo, o que seria inadequado no contexto de um texto reflexivo como este.

  • C

    As palavras “tipo” e “sabe” estão corretamente utilizadas, pois reforçam o tom reflexivo e crítico do texto.

  • D

    O uso de “tipo” e “sabe” é um exemplo de pleonasmo, pois as expressões se repetem desnecessariamente.